domingo, 13 de agosto de 2017

Tempestade de poeira

Uma tempestade de poeira tomou conta do meu apê, está tudo sujo deste pó finíssimo.

Obras fazem alarde, sujam a casa que nunca está limpa.

Eu gosto de limpeza e transparência.

Novos horizontes estão surgindo da massa bruta e caótica.

Alguma coisa eu já organizei.

Agora, acordo para dar atendimento ao chefe-pedreiro, um grande artista em construções e reformas.

Estou nesta luta contra o tempo que tenho para me importar.

Já gastei uma grana preta, e essas semanas atravessam mais um mês de inquietudes, ânsias e sonhos coloridos.

A realidade não está sendo fácil e com muita dificuldade as coisas devem se acertar. 

Não tenho previsão para quando as minhas obras estejam prontas para serem desfrutadas. 

Faz sete anos que estou morando aqui e pretendo ficar até quando o mundo se acabar. 

Estou ficando vovô assim como o papai Noel. 

O tempo é o melhor remédio. Ida e voltas em torno de um círculo infinito.
 

Tenho fé que tudo acabe bem.
 

No mais, meus sentidos estão se renovando a cada dia. 

Não sinto nada demais com os meus trabalhos, parece que tudo faz parte da natureza e do homem, nos bastidores do teatro-ginásio. 

Eu faço o meu papel como representante desse planeta. 

A vida não é nenhum bicho de sete cabeças.