domingo, 6 de dezembro de 2020

Um vento de ventilador

Para não ficar com a "mente" ardendo ou febril de tanta ignorância, nem adianta declarar alguma coisa nesse recinto, porque o meio em que vivo só tem coisas mortas e inanimadas. 
 
Não dá para entender uma existência que é feita de insanidades e absurdos grotescos deste país ou estado que não tem nada a perder...
 
A minha existência é só um vento de ventilador, rodando sem fim.
 
É para não esquentar com nada, porque não existe nada para se pensar, exceto as coisas da vida, a morte nesse lugar está em toda a parte. 
 
Desgraçadamente vivo num mundo que não há Vida, se é que a vida possa ser definida... Estou morto e não sei de nada. 
 
Não é nada fácil, sobreviver num mundo que não vinga nenhuma causa. 
 
O que tenho em mim, não é amor por nada nem por ninguém, as distancias separam e não há união entre as partes. 
 
Talvez seja mesmo um alienado, imaginando o transcurso do meu corpo indo para o inferno. 
 
Não entendo essa visão de coisas absurdas em minha consciência, se é que tenho alguma. 
 
Sozinho, é o inferno da consciência que toma conta de mim. 
 
Estou farto de ser consciente e viver num mundo banal e trouxa. 
 
O dinheiro vai perdendo o seu valor, a vida encarnada vai perdendo os seus sentidos. 
 
Não há nada que possa parar esse processo de pura degradação e falta do que falar. 
 
Afinal, quem eu sou? Qualquer um? Um ser e sua massa falida... 
 
De nada não se extrai nada... vou ficar nessa merda, até a luz se apagar. 
 
E todos que tinha contato já morreram e foram enterrados. 
 
Parece como dizem os filósofos que "a vida não tem o menor sentido em existir", uma vez que não há nada para ser contestado e fim. Puta que pariu!