O mundo está mudado.
Não há nada dentro dele que me faça pensar em
liberdade.
As coisas são como são e não me pergunto para que servem...
Esse espaço lacônico não depende de mim.
Tenho todos os meus direitos
guardados comigo.
O quanto se pensa em ilusões do ego que jamais
conseguiram ser?
Eu na minha humilde ignorância, ignoro tudo que não é
real, que não tem origem ou procedência.
Não tenho que corresponder aos fatos, minha área de estudo é outra.
E assim o mundo é parte de uma
coisa que nem parte de mim. As coisas são ou não são... vivo neste
contraditório onde para mim não há significado.
Nada determina que eu
seja assim... fico branco quando eu não tenho nada a dizer.
Para mim
este caso está encerrado. Fico com a melhor parte, pois de tudo sou
abstrato e intangível.
Somente o "tempo" pode me entender, as minhas
neuras são o silencio e o sono que é difícil contestar.
Já acho que
esteja ficando tarde no meu botequim, as bodegas abestalhadas se fazem
por uma questão de química.
Talvez esteja delirando com algo que desconheço a sua origem, mas na teoria tudo é possível para aquele que crê.
O fato é que procuro dia a dia distrair minha mente com o espírito niilista que retorna sobre si.
Sou indiferente a ignorância e as acomodações deste tempo insípido e seco.
O que arde nos céus é a sem vergonhice.
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