sábado, 13 de julho de 2019

Estado alienado

Está enfadonho toda a noite, tomar banho de lua... este luar é um brejo seco.

Por aqui não passa ninguém, me é indiferente a minha presença.

Essa "luz" não está iluminando.

Qual é a iluminação? Ver o branco mais branco? Não curso nenhuma faculdade, aprendo sozinho mas tenho certa dificuldade em aceitar a realidade, mesmo a que já construi.

A sempre mais a ser alcançado... Minha mente fica vazia se estou só...

Não há nada de errado comigo, é a sociedade dos poetas mortos que não presta. 

Cada um quer deixar a sua marca, neste boletim de araque. 

Tiro zero em sociologia e moral e cívica.
 

Sou a escória de um mundo que já não existe... o mal está em toda a parte. 

Até minha saúde anda mais ou menos uma porcaria a ser declarada. Merda, mil vezes merda!
 

O homem é um ser antropológico. Um merda enfezado cheio de titica na cabeça. Não me leve a sério, mas tudo isso é só ironia.
 

Não será "ironia" do destino morar sozinho ou não ter nenhum conhecido que esteja por perto?... 

Sozinho sou Absoluto, como o rei da França. "Eu sou o Estado", estado da penúria social.
 

Ninguém me toca, sou um cara descolado de tudo e de todos.
 

O individualismo é o que comanda o meu "estado alienado". 

Não posso falar de ninguém porque não conheço, nem tenho intimidade. 

Acho que sou "inválido", para o mundo e para a vida. 

Só assim, tiro o meu "diploma" de Deus por correspondência online.

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