Está enfadonho toda a noite, tomar banho de lua... este luar é um brejo
seco.
Por aqui não passa ninguém, me é indiferente a minha presença.
Essa "luz" não está iluminando.
Qual é a iluminação? Ver o branco mais
branco? Não curso nenhuma faculdade, aprendo sozinho mas tenho certa
dificuldade em aceitar a realidade, mesmo a que já construi.
A sempre
mais a ser alcançado... Minha mente fica vazia se estou só...
Não há nada de errado comigo, é a sociedade dos poetas mortos que não presta.
Cada um quer deixar a sua marca, neste boletim de araque.
Tiro zero em sociologia e moral e cívica.
Sou a escória de um mundo que já não existe... o mal está em toda a
parte.
Até minha saúde anda mais ou menos uma porcaria a ser declarada.
Merda, mil vezes merda!
O homem é um ser antropológico. Um merda enfezado cheio de titica na cabeça. Não me leve a sério, mas tudo isso é só ironia.
Não será "ironia" do destino morar sozinho ou não ter nenhum conhecido
que esteja por perto?...
Sozinho sou Absoluto, como o rei da França. "Eu
sou o Estado", estado da penúria social.
Ninguém me toca, sou um cara descolado de tudo e de todos.
O individualismo é o que comanda o meu "estado alienado".
Não posso
falar de ninguém porque não conheço, nem tenho intimidade.
Acho que sou
"inválido", para o mundo e para a vida.
Só assim, tiro o meu "diploma" de Deus por correspondência online.
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