sábado, 17 de julho de 2021

Um por todos e todos por um

Estou num deserto gelado, com a falta do calor humano. 

Esses caminhos parecem não levar a nada. Continuo sem saber...

Achava que o mundo para ser completo tinha que ser macho e fêmea. 
 
Para onde vai a sexualidade e os instintos? O que é a libido?
 
A vida não se fêz... Sou incompleto e bloqueado, parte de mim vive nas trevas do pensamento. Meu coração parece ser feito de pedra!
 
Impossível ter uma comunicação com a realidade. Meu mundo é visionário, lunar e sonhador... 
 
Assim não chego a nenhuma conclusão, esses caminhos são tortos e há tortura na carne. 
 
Agora sinto mais frio que o costume. 
 
Deus criou essa dicotonomia, a dualidade entre propriedades de coisas extremas e irreais. 
 
Sei que nada disso é lógico, meu raciocínio é buscar e achar um meio compatível com a criação deste mundo louco...
 
A pouco estava pensando na morte dos meus entes queridos. 
 
As portas se fecharam e meus familiares sumiram. Fico com saudades das coisas que a gente curtia. 
 
Minhas reminiscências de lembrança do que parecia um conjunto ficou resumido ao meu penar dentro deste círculo. 
 
O velho ditado francês de "um por todos e todos por um" se perdeu a margem dos tempos de existências...
 
Não tenho nada a oferecer a Vida, não sou doador como a luz do Sol, pelo menos enquanto dia. 
 
Sei que estou confuso com este "sonho espaço-temporal", as coisas mudam do princípio ao fim.
 
Somente eu, posso dizer que tenho uma existência e faço o possível para satisfazer a minha mente ególatra. 
 
Afinal não sou feito de nada, e posso acreditar que a realidade sou eu.... assim seja, amém.

Usina elétrica

Estou pensando que sou um zero a esquerda. 

Nada como ser vazio e não ter o que pensar... 

A vida é incrível, inacreditável quando a coisa é pensar no vazio que é o meu lugar. 

Sinto um sono terrível com todas essas drogas que tomo e a própria realidade em si...

Acredito na própria realidade, mas desconfio do mundo virtual, afinal nada funciona na realidade de coisas imaginárias...
 
Estou saturado de tanto vazio em mim... ninguém diz nada.
 
Estou numa "furada" e tenho ódio do mundo. Nada aqui se presta a ser útil, posso imaginar mas a realidade deixa muito a desejar.
 
Deus não existe, deus está morto e enterrado num cemitério qualquer... 
 
O mundo em que vivo também é indiferente. 
 
Acordado, só sobrevivo de sonhos ancestrais. 
 
Vivo no presente, já que o passado passou e o futuro pode não chegar...
 
A vida mesma é uma merda de usina elétrica. 
 
Nada funciona sozinho e há dor e aflições. 
 
O que posso esperar de tudo isso? Só o Tempo pode dizer. 
 
Sozinho sou mais um miserável entre os outros (sei lá quem), miseráveis que mal se enxergam no espelho da mente! 
 
Isto mesmo é o "Grande Ostracismo da Mente Branca).

A existências das coisas

Muita coisa eu não sei ou desconheço. 

Meu entendimento sobre a realidade do ser me é restrito com apenas uma particularidade da mente universal que sou eu... 

Sou parte da grande ilusão do Ser, não sei o que mais importa se sou eu ou o meu sentimento relativo. 

Realmente gostaria de saber o que falta em minha vida. 

Sou a ilusão do meu criador. Não tenho como optar sobre o bem ou o mal. 

Sigo neste estado me deslumbrando com os afazeres de quem tem pouco a pensar... 

Mas, nada mais me surpreende, tenho o que tenho, apesar dos pesares, vou levando minha vida como nada mais existisse. 

Esse é o meu egocentrismo fálico e falido, nem parece que honro as calças que visto... 

Não me custa nada "purgar" a minha inconsciência sobre a realidade proposta. 

Afinal, está tudo interligado; mente e psiquismo. 

A gente é o que pensa, e a minha imaginação não tem limites, para a contemplação do surreal e infinito prazer mental. 

Embora, eu ter chegado a esse "estado" não depender de governo ou autoridade, me guio mesmo pelos meus instintos já a essa altura do Dia. 

Também meu "círculo" de conhecimentos são restritos, mas familiares. 

Eu só não consigo me contentar com essa retórica trivial e frívola. 

Isto aqui é limitante, enquanto posso olhar pela minha janela e ver o mundo lá fora como uma criação inusitada e coletiva, (mas o que será que tudo isso significa? quem pode interpretar os desígnios da Mente?). 

Afinal eu não posso criar mas nada sobre a existências das coisas. 

Ou tenho "poderes mentais", com que posso realizar os meus mais profundos desejos como Homem, o ser das espécies. 

Enfim, a matéria não pode ser criada, nem ser destruída. 

Na natureza nada se cria tudo se transforma...( Do livro; Da Alquimia à Matéria).