domingo, 12 de junho de 2016

A pedra bruta

A vida é um sonho que se imagina na imaginação da realidade.

Esta realidade que pulsa em minha mente é a vontade que tenho de ocupar os espaços aparentemente vazios... Quero acordar desse "sonho" mas tudo indica que continuarei a dormir.

Dormirei dias, meses e anos para me encontrar com o Destino.

E eu não tenho destino. Fujo da realidade dura da palavra para emergir no silêncio do espírito acabado.

O sono demora a chegar, mas chega em "viagens astrais" distantes e imemoriais. O que fazer com toda essa "droga" de existência é que não tenho respostas... 

Sou quase escravo da "ideia de Tempo" que circula por todos esses espaços anacrônicos.


Resolvo me dissolver na pedra bruta do ventilador. Sou asqueroso a quem não me conhece. Construo "moinhos de vento" e solto pipa no meu telhado...

Meu público é invisível. Não me conhece absolutamente. 


Só dá para imaginar uma relação ambígua entre escritor e público. 

Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.

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