domingo, 2 de abril de 2017

O vazio de um mente sem memória

E assim caminha a humanidade, a passos de formiga e sem vontade.

Fiquei nas biomédicas, estou sinistro por uma doença que não se sabe o que é... Na pindaíba não se faz nada.

Adoro viver na pindaíba. Não se gasta dinheiro aqui, mas na Luta a coisa é mais séria.

Viver não parece ter objetivo se a questão é só sobreviver.

Manter-se consciente o maior tempo possível, não quer dizer nada em relação ao vazio das minhas pernas.

O que de fato eu percebo neste enfadonho caminho das pedras? 

Posso acreditar que eu não minto? Só para enganar aquilo que sinto? 

Quem te vê, quem te viu...
 

Essa coisa toda é meio escabrosa, com sutis pitadas de ironias por um lugar que fica de costas para mim. 

Atrás de mim não vejo ninguém, nos meus olhos só se refletem o vazio de uma mente sem memória. 

Minhas lembranças de outras vidas passadas, foram-se a muito tempo dizimadas pelo meu próprio inconsciente. 

Hoje, vivo mais tranquilo se não sou importunado. A menos que eu não consiga atravessar a "ponte", vou ficar perambulando por dentro de mim, sem ter uma visão completa da merda em que estou metido.

É difícil acreditar nesta loteria de azar. 


Os resultados são imprevisíveis e a duração de cada tratamento leva toda uma eternidade para se safar deste azar, ou será encosto? 

Sou da corrente "branca" do pensamento. Amém.

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