domingo, 11 de junho de 2017

Luz iridescente

Alô pessoal, o mundo continua colorido para mim que uso das cores.

Essas cores psicodélicas realçam a brancura dessa luz iridescente que como a luz do Sol, não acrescenta nada a esse purgatório de ideias.

Uma imagem fala mais do que mil palavras.

E assim fica difícil interpretar as minhas impressões que tenho de tudo que imagino ter natureza representativa.

Um belo quadro pode ser apreciado porque não se resume a meros símbolos linguísticos.

Na visão do artista, o que vale é o grande e o pequeno que possam ser percebidos pelo olhar humano. 

Não estou preso aos meus cinco sentidos, mas tenho percepção de longo alcance. 

Isto se a linguagem me permitir falar das vibrações que emanam do pensamento artístico. 

A procura pelo absurdo temporal de uma viagem espacial neste planetário terreno, como todo o mundo já sabe o "tempo é o senhor da razão". 

Mas ele mesmo não tem razão e só há um objeto que o representa na escala cósmica do universo: o rei-relógio.

Mistérios que indicam a existência da revolução terrena está situada nos segundos, minutos e horas que fazem ser o relógio uma "máquina do tempo".


E o mundo é construido seguindo essas mesmas marcações onde quase tudo opera como máquina. 

Somente fica ao observador a compreensão existente entre o que é abstrato e o concreto sentimento da matéria.

De que tamanho é a bosta do elefante?

A coisa está parada e não se move.

O tempo já encheu o saco.

Nada posso fazer se Deus não quiser.

Vivo sem vontade de viver, só porque sou meio louco.

Ironias a parte, só é bom saber que de fato nada sou.

Dentro deste quadrado estupidamente escavado por todas as bordas e molduras, cuspo neste prato monstruoso de tanto vago e vazio escaldante.

Não espero que nada aconteça, quem sabe faz a hora não espera acontecer...

Curtindo essa pré-história desse mundo rochoso doido de pedra, não me acostumo com o burro que mora ao meu lado. 

Vou ficando com a cara do asno que se olha no espelho e meus olhos surtam com o efeito do paralaxe da luz até as sombras do meus pensamentos únicos. 

O Sol forte me impregna de núcleos subatômicos. 


Com a cara de tacho vou ficando cada vez mais distante do "eu sou". 

É para tudo ficar assim, cada vez pior. 

Nessas sentenças de palavras desvairadas ainda sopra um vento caliente. 

Como deve ser o olhar da formiga? De que tamanho é a bosta do elefante? 

De fato, está tudo uma "boa porcaria", não me apetece comer meu prato sem prato para comer. 


A porcaria tóxica pode morrer na praia, onde os peixes nadam até a terra. 

Terra redondamente quadrada, cacete e careta!

Ajudem a um pobre carente de emoções...

Viajante dos espaços

A coisa está parada, mas há o movimento das partículas em ebulição que sempre se chocam.

Não há mais nada neste mundo para ser preenchido.

O céu é o limite. Vivendo no limite, quero encontrar o que procuro.

A busca pela razão dos céus é um absurdo planetário. Estou cansado de ver o que tenho que felizmente me protege.

Tem coisas que não se pode explicar, foge a captação dos pensamentos como linguagem.

Traduzir o meu mundo em linguagem é preciso certo esforço para mentalizar as ideias.

Agora, está tudo no lugar apesar dos movimentos serem contínuos. Amanhece e vejo o velho relógio verde na parede.


O tempo passa acelerado para o viajante dos espaços. 


Não se consegue imaginar o segundo das horas. 

E o mundo continua a girar inflexível e rotineiro por dentro desse mundo que também é impresso e que se pode imaginar...

As horas cobram o valor que dou ao tempo. 


No entanto, tenho todo o espaço do mundo para me aventurar onde tudo o que eu imagino existe na "terra do nunca". 

De médico e de louco, cada um tem um pouco...

Dados quadrados

Quanto mais o tempo passa, vejo que aqui fico junto a "todos os idiotas do mundo".

Faça dia ou faça noite, nada me perturba quando vou passear.

Acordar pra quê? Melhor é ficar dormindo.

Não tenho o que ver, soletro algumas palavras para preencher espaço.

Sua presença neste enquete não me deixa dúvidas que você não tem o fazer...

É tudo tão sem sentido, preencher os espaços para não ficar vazio de significado.

A palavra possui força, mas sozinha não sustenta meu ideal. Esses "dados quadrados", são a caretice do corno moribundo. 

Olho pela janela do meu quarto e vejo o abstrato das construções, carros por toda a parte, algumas árvores, um local muito chato por não ter a natureza errante como é a do teclado. 


Assim, posso tocar música, assim o mundo é mais criativo. 

No fim das contas hoje é Domingo, onde a paz reina em todos os sentidos. 

O comércio está fechado, quase tudo fecha. 

É hora da reflexão e do pensar; para o quê estou vivendo? minha vida faz alguma diferença neste mundo aloprado e social? o que a sociedade pensa dos ermitões?

Sozinho não consigo fazer nada e a minha "produção" cai por água abaixo. 


Que bom ter esse espaço, para expor as minhas ideias.