A coisa está parada e não se move.
O tempo já encheu o saco.
Nada posso
fazer se Deus não quiser.
Vivo sem vontade de viver, só porque sou meio
louco.
Ironias a parte, só é bom saber que de fato nada sou.
Dentro
deste quadrado estupidamente escavado por todas as bordas e molduras,
cuspo neste prato monstruoso de tanto vago e vazio escaldante.
Não
espero que nada aconteça, quem sabe faz a hora não espera acontecer...
Curtindo essa pré-história desse mundo rochoso doido de pedra,
não me acostumo com o burro que mora ao meu lado.
Vou ficando com a
cara do asno que se olha no espelho e meus olhos surtam com o efeito do
paralaxe da luz até as sombras do meus pensamentos únicos.
O Sol
forte me impregna de núcleos subatômicos.
Com a cara de tacho vou
ficando cada vez mais distante do "eu sou".
É para tudo ficar assim, cada vez pior.
Nessas sentenças de palavras desvairadas ainda sopra um
vento caliente.
Como deve ser o olhar da formiga? De que tamanho é a
bosta do elefante?
De fato, está tudo uma "boa porcaria", não me
apetece comer meu prato sem prato para comer.
A porcaria tóxica pode
morrer na praia, onde os peixes nadam até a terra.
Terra redondamente
quadrada, cacete e careta!
Ajudem a um pobre carente de emoções...
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