domingo, 19 de julho de 2020

Fronteira final

Agora mesmo não sei onde vai dar tudo isso.

Esse mundo está ariscado, pagar para ver... Mas, continuamos a ser os mesmos picaretas de sempre.

Usando e abusando da tecnologia e suas "maravilhas".

Exceto hoje e amanhã, não tenho ideia de nada. Os movimentos estão parados, ninguém entra, ninguém sai...

Mas há o espaço derradeiro, a verdadeira "fronteira final", que parece um filme pálido e anêmico pelas circunstâncias atuais.

Já andei por esses caminhos de pedra e metal, agora só espero contemplar a minha iluminação perpétua. 

Nada é para sempre, um dia as coisas podem melhorar. 

Até lá cruzo os dedos, para que tudo continue no lugar... o sem destino já morreu, quem manda aqui sou eu. 

É preciso ter espaço e muito saco para aturar essa teimosia, a persistência da Memória. 

Eu não sei, mas dizem que devagar se chega longe... isto é um piada de mal gosto. 

O que eu quero é para "agora", pois o presente é a única dívida que eu tenho com o futuro que ainda não aconteceu... 

No futuro todos os homens serão robôs, replicas de suas próprias imagens.
 

E falo isso como um micro empresário ou administrador do tempo e do vil metal. 

Percebo que tenho sonhos até impossíveis para realizar... deixa pra lá, quem sabe em outra encarnação!

Poderes podres

De fato, o "tempo é o senhor de Tudo", e não há limites para a sua posse.

Enfim, cada dia é um dia, e não chega o Dia que estou querendo...

Fica um vazio existencial, saber que com todo esse "pandemônio", as empresas e o comércio não trabalham por causa dos governadores e seus decretos específicos.

Só tenho que esperar em Deus, que ocorra um milagre.

Eu também não estou me sentindo a vontade.

Dependo de uma série de coisas para a minha "mente" trabalhar ou então tudo vai por água abaixo.

Dizem que a "esperança" é a última que morre... mas se demorar tanto eu também não sei se chego...

Está difícil conviver com esse mundo insólito e absurdo. 


Nada parece ter causa e identidade, as pessoas estão enlouquecidas.

Como "artista", acho que a transmissão do coronavírus deve-se a falta da ciência médica, não ter controle sobre uma coisa que não está ajudando em nada... tudo parece perda de tempo. 


Está difícil contestar a minha "existência", a termos do que acontece pelo mundo. 

Trata-se de um "inconsciente coletivo" alterado pela opinião dos "poderes podres" e é incontestável que estejamos regredindo na evolução da humanidade. 

Um abraço para todos que queiram sair desse "buraco" em que o país está metido.

Os ventos do Norte

Enquanto o "tempo" passa e ninguém me percebe, vou ficando um velho rabugento e caduco.

Chato é ser absoluto e contar somente com o meu "dedão".

Os manetas não tem nada a dizer... graças ao meu bom dedo consigo transcrever as minhas ideias e sentimentos.

Fico "caducando" com o meu cérebro invisível, mas que parece fazer sentido. Não estou certo de nada, mas é a vida que pede por respostas...

Tenho pego os "ventos do Norte", a brisa acolhedora destes campos Elísios.

Um bom guerreiro não deixa o seu combate para perder a cabeça... Posso estar até sonhando, com a minha parte direita. 

Para que lado seguir? Beber as águas profundas do velho grotão imersos em prazeres idílicos e edênicos. 

O paraíso já me foi dado, não vejo nenhum mal nisso...
 

Meu "microcosmos" é excelente, tenho tudo para dispor, exceto a minha personalidade ou eu. Posso usufruir do que posso criar.
 

Nada me impede de realizar os meus desejos mais profundos... assim como cagar para todos eles...
 

Estou "cagando" e andando, para o que acontece com esse mundo, se de fato existe como um Planeta. 

A porta está aberta, para o que der e vier. Não temo a própria morte... isto seria o ultimo suspiro de um ser indescritível. 

Não sei nada da morte, eu nunca morri (pelo menos nessa encarnação), talvez não haja uma explicação racional para o que possa acontecer com a Alma. 

Acho a vida um barato, é bem bolada. 

Apesar que custa um bocado manter esse cargo... 

E assim caminho, com todas as minhas "bagagens" mundo afora...

As bestas

Ligo a TV (ou o rádio) e logo penso: "fala sua besta"... e as "bestas" falam sem parar, não há ninguém para argumentar.

Estas "máquinas" são assim mesmo, não mudam nunca. É sempre os mesmos blá, blá, blá... pseudo-simbólicas.

 Eu já disse "o mundo (esse mundo de máquinas impensantes e incompletas) são objetos simbólicos.

Ocupam espaço mas são intemporais do começo ao fim.

Nada é melhor do que apreciar uma boa foto ou pintura. E não é o que dizem "uma boa imagem, fala mais do que mil palavras"?

Também as estátuas representam o "tempo congelado", com suas expressões idílicas e espaciais.


Cada um vê o mundo do seu jeito... Cinema é muito movimento (troca-troca de cenários imbecis).

Enfim, gosto da fotografia e da pintura. É o que chamo de arte pela arte. Prazer refinado.

Claro que o mundo desse pequeno universo abstrato e material é finito em todos os sentidos, só os céus não tem horizontes definidos. 


Só sei que por aqui faço o possível para me manter bem longe das coisas ruins em que parece que a doença se generalizou nos aspectos sofredores desse mundo sovina.

Estamos sendo atacados por um vírus alienígena, de causa desconhecida? 

Que não tem cura (como é a diabetes) nem remédio para imunização? 

Estamos a "beira do abismo", salve-se quem puder...

Que Deus o tenha

A "fruta" tá bichada ou tem marimbondo no pé.

Assim, a "vaca" vai pro brejo. Sinistro essa de "isolamento social", vivo assim todos os dias em que acordo.

Não há ninguém para preencher esse "vazio social", exceto a morte ou a doença contagiosa.

De repente, o mundo ficou altamente complexo. Não bastava a competição entre todos, tudo ficou no "baixo astral".

E ainda dizem que é ano do Sol... segundo os "astroloukos".

A vida já é uma merda, só esperando pela "morte da bezerra"....

Um já foi para o "buraco", com todas as pompas e ostentações.


Por aqui "ele", já não aparece mais. Que Deus o tenha, meu irmão! Ninguém sabe quando o "terreiro fecha". 


Oxalá, que tudo volte ao normal. O comércio e a indústria são super importantes para a minha "organização", se o país pára fode tudo que é arte.

Já não produzo tanto, estar "aposentado" é como estar falido. E por isso eu vou tocando a minha bola...


De repente, tenho algo em mente para realizar, sou desenhista e pintor, todo o mundo me conhece. 


Ainda acredito que possa superar esta mal fase do mercado... assim espero.

Algumas ideias minhas são muito surrealistas, e eu nem sei exatamente o que isto quer dizer. 


Busco por esses movimentos, apesar que eu sou só um pesquisador. 

Não vejo nenhum outro caminho para disseminar minha "arte", senão continuar a produzir, mesmo que seja apenas de cunho pessoal e particular.

Pedra não fala

Pedra não fala, o silencio desse lugar é ensurdecedor.

Acontece que estou sumindo.

O mundo está se acabando e tudo está ficando mais vazio...

Não estou encontrando ânimo para continuar a viver. Até aonde isso vai?...

Tenho minha privacidade, mas sempre falta algo para preencher.

Meu prazer mental reside na música, que toca todas as horas do dia e da noite.

Contemplo a mente acordada como estivesse dormindo, num sono profundo e vazio. Já não me lembro dos meus sonhos...

Acho que estou dormindo. Não há meio de sair desse regime de sonos, todo o fim da noite é a mesma coisa, se desligar. Ligado que eu também não estou.

Estou entre o céu e o inferno da vã materialidade deste mundo superficial. As coisas já mudaram de rumo...


O destino está testando todo o mundo. Quem vai? Quem fica?


Fico na minha, porque não tem outro jeito senão dialogar com o monótono deus da matéria tão longe e distante de tudo.


E assim nada de novo chega a mim, daqui a pouco também viro um ancestral... e isso tudo por hoje, velhinho!