sábado, 25 de fevereiro de 2017

Os lunáticos e visionários

Estou a doer de uma dor alucinante.

O corpo é um "abstrato" muito sério.

Nem todos sobrevivem a passagem do tempo.

Alguns se perdem no caminho.

É preciso ter controle sobre as rédeas dos sentidos.

Estou só nesta caminhada árdua onde os sentidos fazem parte desta conspiração terrena.

O mundo está chato viver, e esta estagnação ou será a "teoria do caos", não me dá nenhum feedback.

A teoria do caos, é uma realidade neste mundo tão geometricamente perfeito, mas o vejo como não tivesse presença nenhuma. 

Quem pode entender a consciência? Tudo está na linha de fogo. 


A terra tem tudo o que se precisa. 

A vida eu nada tenho para viver. 

Estou cansado dessa ladainha de igreja. 

Já não tenho o que fazer, não quero fazer nada que me dê amolação. Estou saturado de tudo o que tenho, por isso quero dividir o meu furor...

O mundo material é um carma. 


Algo que segue a linha da ação e reação. 

O que tenho a dizer aqui só tem força de expressão para os lunáticos e visionários que não encontram outra forma de se comunicar senão por esta simbologia pragmática das vertentes impressionáveis de um "devaneio", entre a razão e o consenso.

O mundo vampiro

Estou aqui neste infindável oceano vazio e sem natureza de qualquer espécie.

Me sobra as mãos e os braços para essa escalada de ir até onde ninguém foi.

O mundo sem ninguém é chato pra caramba.

Estou cheio, cheio dos vermes nojentos.

Neste dia há outros com os quais não conto.

O mundo vampiro só pensa em ter sangue para saciar sua fome de poder.

Algo de especial ocorre com a criação, a gravidade desse planeta não muda.

É uma constante a força que se emprega para romper a resistência do ar.

O mundo é velho, minha mãe é velhinha. 


Tudo vai ficando saturado de "mente", o universo é mente e demente. 

As coisas no tempo vão ficando "amarelas". 

O branco enche os meus olhos. Não vejo a cor do meu sangue, mas sei que é vermelho. 

Tudo passa, tudo passará.

O Natal é daqui a alguns dias, e não vejo nada além da comilança.


Feliz boa digestão de tanta comida que já comi. 


Felizmente aqui não falta é prato... Ninguém sabe o duro que dei, pra ter fon-fon trabalhei
trabalhei.

Idiotas de plantão

Como é triste o meu viver sem você.

Só você é real, eu sou imaginário.

Vivendo nessa ficção científica, a pólvora seca explode na minha cara.

Cara que não tenho para preencher, sou um caramujo.

As horas passam e todas as noites parecem ser infindáveis. Curto com esses trouxas, esses idiotas de plantão.

Não tenho nenhum assunto para contar, essa conversa é um monólogo entre eu e o que mais vier...

A razão não explica porque razão ainda insisto em persistir.

Minha permanência é transitória quando vejo que nada disso me diz respeito. 

Respeito, entretanto as minhas vontades e representações. 

Afinal é tudo subconsciente, inconsequente a mim mesmo. 

Minha relação com o mundo é a do Ditador de linha dura. Nada me faz sentir o meu espírito morto, e não parece haver medida para a estupidez...

Olhos nos olhos, quero ver o que você faz. 


Se a esperança é a ultima que morre, é que todo o tempo que se passa na janela da alma, é uma visão negativa, uma porra nenhuma.

Assassinaram a democracia em nome da Monarquia. Deus salve o Rei mesquinho. O povo que viva na "merda"...

No princípio foi tudo gerado

Eu quero dizer o que já disse antes de tudo se finalizar.

No princípio foi tudo gerado, depois veio o tempo passado interminável e logo depois a solidão fria e gelada.

A canseira que me dá esta "vastidão" de espaços a percorrer, e o movimento do corpo para se estender.

Agora, nem sei se tenho razão.

Os movimentos dos átomos, agitam os pensamentos que flutuam nesta imensa base sólida geométrica.

Não tenho, senão minha "percepção" de mim mesmo, estendido por um cenário mítico onde debruça a minha alma enxame. 

Alguns pontos coloridos quebra a monotonia das coisas que são como são.

Não dá aqui para "voar" com as palavras. 


Tiradas do veio mineral desta "placa-mãe". 

Os circuitos se auto-circuitam juntos a alquimia das fontes eletroeletrônicas. 

As impressões persistem no desaguar deste ar, terra, fogo e água. 

Aqui respiro minhas esperanças, que deixadas de lado, estão lado a lado. 

A dor nas costas persiste e o meu corpo descendente não tem o que arbitrar...

Já faz um bom tempo que não vejo ninguém. 


Pareço estar em "quarentena". Certamente "Perdido em Marte"!

Que a alma voe até o céu

Vou contar que está "infinito" esse trabalho sem fim.

Não sou escravo do trabalho, quero apenas usufruir de sua criação.

Muita gente "pira" ao ficar impressionado.

Tenho que ter cuidado com o que desejo.

Tenho que ter consciência dos meus reflexos.

Esse mundo possui uma realidade multifacetada. O mundo não tem nada a perder.

Perder as vezes significa ganhar dos extremos da vida e da dualidade.

Tudo se divide, tudo se reparte.

As pessoas estão loucas pensando com as suas mentes, onde colocar o mundo. 

Um jogo de computador pode atrapalhar tudo, e essa visão misturada de mundos que se submergem nas fronteiras da consciência acaba com toda a psicologia de comportamento.

Estou encasquetado com algo que me assombra o espírito, com esse tanto de mistérios do que é feita a realidade da comunicação.


Os meios de comunicação são lactentes, mas não exprimem o meu desprezo e banimento dessas formas de existir fictícios. 


Acho que tenho razão, sobre o irracional modo de viver de cada um.


Sou toda a atenção ao sentidos que falam sem dizer o que pensa. 


Eu pensador, as vezes gosto de ler, as vezes gosto do prazer que a saúde dá ao corpo.

 Que a alma voe até o céu, na procura do seu criador...

A fronteira entre a razão e o nada

Só sei que nada sei.

Não sei o que se passa lá fora.

Não tenho visão de raios-X que possa penetrar essa matéria tão densa no qual estou aprisionado.

Minha visão se limita a ser unilateral, e só vejo apenas uma parte de toda a luz visível.

Na verdade, ver esse mundo aos meus olhos não é nada claro "olhar pela mente".

Estou cansado de ser "acordado", e ver as mesmices e lenga-lengas destes meios tapados e burros.

A ignorância parece se sobrepujar a tantas partes que não me dizem respeito. 

Pareço estar na secura, deste "inferno" que não saio. 

Os "maus elementos" tomam conta de tudo. A gravidade me prega ao solo. 

Será que sou isso? Essa "carga", esse peso que não levita?...


Não tenho quem me salve desse abismo, dessa "ilusão material". 


Só penso no meu redentor, que me redima dessas coisas indescritíveis, e que suas abstrações tresloucadas possam levar esperanças a toda essa gente que vive nos vazios do Espaço.

Acho que não me acho o tal, apesar de ter raciocínio para imaginar o quanto essa vida é velha. 


Tudo fica para trás quando se desconhece a fronteira entre a razão e o nada.

O contrário do que posso pensar

Hoje não fiz nada demais.

Não saí de casa, não escovei os dentes, não conversei com ninguém neste escritório fajuta.

Só eu sei o quanto me dói ficar sentado de fronte para esta coisa imunda.

Mundo pequeno esse, do tamanho de uma formiga.

A dor solapa minha coluna, nesta cadeira eletrificada.

Pego "cadeira elétrica" por um crime de perjúrio contra o estado do esqueleto humano.

Você quer saber? Não me importo com nada...as favas as ideologias secretas do Estado. E o estado é uma "pedra" na Cabeça...

Tudo feito pedra, mineral duro de lascar. Caminhando sobre essa vereda de coisas significantes e simbólicas, as palavras me dizem todo o contrário do que posso pensar. 


A imaginação ativa desses espaços mirabolantes, animam a minha pontuação dedilhada.

Dédalo (personagem grego) se encontra no meio do labirinto de signos e sinais. 


Escolhe participar do livre-arbítrio de sua pré-consciência e não tem juízo para julgar. 

Enfim, nenhum mundo-imundo é tão perene como esse. 


O "céu" dessa terra é eletrizante, e a sua morte é um cadafalso a cair num abismo profundo como numa sopa de letrinhas.

Casa mal-assombrada

Estou desgostoso com essa vida tão solitária.

Nada parece preencher o vazio desse lugar.

Pessoalmente, estou no fundo do poço... Não há nada de valor nesses dias de fuga.

Tudo é passageiro e a vida é ponto de fuga.

O plano não me liga. Estou desligado de tudo e quero sumir, ir para bem longe onde ninguém me encontre.

Acho que sou descartável, e qualquer dia me mudo.

Minhas relações são as piores possíveis. Neste mundo não há troca.

Jogado estou pelos cantos de uma casa mal-assombrada. 

Uma tortura está vivo. 

E você, porque não me liga? Você que é a minha sombra. 

Custo a acreditar que haja sentido sensível, nestes objetos medonhos. 

A vida não tem o que fazer. Está tudo errado e o mundo vegeta em seus destroços nucleares.

Queria dizer algo sobre o que sinto, mas as minhas palavras somem no pó da razão...

Mundo do cabra-da-peste, mais chato que a cabeça do paraíba...

Estado de vento

Não acredito no que estou vivendo.

O que vejo é absurdo e nada de racional ou lógico faz sentido.

Esse meio de abstrações, contém o nada em que me apoio.

O céu é alguma coisa de suprema abstração. Ele é absoluto e incontestável.

Nada se cria nestes reflexos apolíneos. Não há nada para ser prescrito.

O que faço aqui, nada disso faz sentido?

Pode o homem viver inanimado pela matéria do que é feito? Nada do que se fez, foi feito.

A minha "lixeira" fica ao meu lado. Alcanço as trevas, já que não há lugar para a luz por onde me dirigir.

Tento me animar, carregar as energias de um corpo comprimido e de membros superiores.
 

Estou com a mente no vazio... Há alguma coisa para acertar? 

Dia a dia, uma luta entre o vazio da alma e o Nada da criação. 

Vencerá quem tiver a maior capacidade para preencher esse estado. Estado de vento, da puta que pariu...