Hoje estou cansado da exploração em "serra pelada".
Minha cabeça é um
buraco sem fundo.
Vejo se essas coisas fazem sentido.
Observo que
ninguém tem razão acima da Razão.
A razão me diz que sou um "produto do
meio", que não tenho motivo para me lamentar.
Já que sou tão preciso em
minhas medidas, preciso entender que não sou o único sobrevivente dessa
terra, e que outras cabeças pensantes também se animam com os seus
pensamentos interiores e particulares.
Quero sair da cabeça mas
não consigo imaginar o espírito sem um corpo.
A natureza da terra é de
um instinto animalesco.
O homem é um animal bípede e o seu centro de
gravidade está no estômago.
Alguma coisa me diz que estou dormindo
acordado, com uma realidade que é uma coisa só.
Estou num "oceano
deserto", com farto material inconsciente de percepções e perspectivas
juntos ao aglomerado de estrelas invisíveis a olho nu.
Se não queres
nada, vá dormir... Aqui é o mundo do "querer é poder".
Tudo posso naquele
que me fortalece. Mas a minha "alma" não sabe o que existe ou vive fora
de mim.
E lá fora passam os carros com os seus ruídos
desgovernados, pela intempérie da natureza dura e seca.
O mundo neste
lugar divino é de fácil percepção pelo o que é sensível aos olhos.
Basta
olhar profundo para o objeto de reflexão, e refletir sem o piscar da
vista.
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