domingo, 26 de novembro de 2017

Vivendo nesse bunker

O que eu percebo do tempo que passo sozinho é que "estou sozinho", sem viva alma ao meu lado.

Tenho saudades da minha mãe, quando ainda vivia ao seu lado.

Nunca tive grandes amigos para conversar, quase ninguém frequenta o meu apê.

Faço uma produção independente de tudo que já vivi no passado.

Agora, estou por conta própria e sorte.

Nada pode me atingir vivendo nesse bunker cercado por muitas paredes as quais não me importa existirem...


Vou passando pelas portas rumo ao desconhecido onde me parece ficar meio estranho a minha conversa fiada. 

Esse monólogo é chato de criar e pensar. 

Mas, o pensamento está além da consciência humana. Existe porque existe...

Aqui sou dono da minha razão, se é que tenho razão...


Fico a imaginar este mundo tão monovalente que não se combina com nada mais além de sua carga hereditária. 


Estou perplexo com tudo isso mas não posso negar a sua existência de coisa que somente os imortais possuem. 

Minha solidão é um copo cheio de água e mágoa. 

Meu estômago está mais ou menos abastecido para drenar todo esse influxo de energias bestiais. 

Sinto falta de muitas coisas que já vivi, hoje estou numa de ostracismo. 

 Me fecho em mim para todo o mal que existe e não quero sair ferido desta merda de Luta!

No escuro da noite preta

No escuro da noite preta, na morada sem destino, estou aqui para a minha capacidade de entender o que ninguém entende.

Ninguém além de mim, pode descrever o mundo como penso.

Ninguém está tão perto da verdade, como estou nas coisas que se eternizam inertemente neste palco iluminado onde só brilha a luz do vago.

Estou cansado dessa "viagem" e quero encontra um porto seguro para descansar desta longa caminhada por dentro dessas coisas indescritíveis e sem nexos reais com a realidade que agora presencio. 

Minha cabeça-chata ou meu capacete voador, está encostado no meu cérebro invisível, e os meus olhos de diamantes comem a luz do fogo, que arde em minha visão pessoal. 

Esta "visão" de mundo é muito limitada e chapada. 


A droga da linguagem é que nada do que se pensa de fato é real aqui. 

Fica aquele mistério dos significados das palavras em um contexto narcisístico e de infinitivo particular.

Sou um mistério impossível de ser entendido por esse universo chapado de coisas medonhas. 

Jamais serei compreendido nesta merda de Facebook...

Estar vivo ou morto

Estou pensando que não me lembro mais do caminho para casa.

Estou perdido na sarjeta da história.

Vou ficando caduco por não ter nenhuma outra mente para refletir.

Tento descobrir o que me faz pensar, nada me faz pensar... Sou um homem sem articulações e os meus argumentos de vida são deveras bem mesquinhos.

Tenho coisa para fazer, mas como a realidade é feita, ninguém sabe porque destas teorias quânticas com o qual o universo é criado.

Conhecimentos existem para serem testados, na teoria e na prática. Meu mundo é silencioso e aqui, também se pode morrer...

Não sei a diferença de estar vivo ou morto. 


Certamente, nunca fui enterrado, pois vivo na superfície das superfícies, onde posso notar que há algo superior que não se comunica tão racionalmente como os seres humanos. 

Um grande mistério me separa do "céu" e a razão que tenho de tudo. 

Só imagino as possibilidades que possui o infinito sem medidas certas
.
Meu "olhar do paraíso", é saber que pelo menos não sou o único a pensar desta forma, e que tenho os pés no chão quando o negócio é se fazer valer...

Água-Maria

Estou "cozinhando" o tempo em água-maria.

Minha cabeça oca não vale nada.

Nem imagino a minha desgraça pela terra.

O mar lança as suas "ondas" para os rochedos secos e duros.

As ondas se espalham por uma praia de gente estúpida e tapada.

Até agora, não consegui o que quero.

Os meus podres poderes não sei, se alcançam os meus desejos excêntricos.

Vou levando como posso do contrário estou perdido.

Para mim já estou perdido nessa lasqueira de vida subjacente.

Construo "castelos de areia", forjando o meu próprio reino. Isto aqui não é democracia, isto é uma monarquia absolutista...

O Rei vive junto ao seu reinado, falso e ilusório. Iludido com o seu castelo de areia, move-se como numa peça de xadrez.


Seu reinado é sobre a solidão de quem não tem nada a dizer para ninguém.


O silêncio me separa desse barulho ensurdecedor, o "trem" vai passando pelos trilhos do escarcéu e atravessa a ponte da Inexistência. 

Assim não se chega a uma conclusão, a mira da palavra não alcança o meu objetivo marcado. 

Ninguém deve estar entendendo o que se passa aqui. 

Amanhã nasce na "terra do nunca". 

Nunca o mundo será um, mas múltiplas formas de "danação". Que se dane o dia de hoje!

domingo, 12 de novembro de 2017

Na sombra do absoluto

Não tenho ideia para mais nada e não vejo "horizontes" mesmo em minha imaginação que já é rara na minha situação.

Vou ficando caduco porque eu mesmo já não sei o que pensar...

Esse "ópio musical" me distrai os sentidos, mas a falta de imaginação me faz doer os ossos.

Sacudo o meu esqueleto para ver se tem alguma coisa pegando.

Aqui faz um tempo confortável, lá fora fica a imensidão de coisas com as quais não se pode contar.

Com o quê posso contar?

Posso contar somente com os desejos da minha mente perceptiva e real a todos os acontecimentos da minha vida egoística. 

Penso pouco e bem pouco acho o dia que vai passando...
 

Não há nada demais com esse lugar. 

Já estou me acostumando. Vivendo na sombra do absoluto. 

O teto está no lugar, o céu existe! Até que os arquitetos tem emprego.

Estou fazendo carreira nessa onda de dizer tudo o que penso para os meus amigos do facebook. 


Tento me comunicar com a minha audiência, para ver se as minhas mensagens chegam a todas as partes desse imenso universo cibernético. 

No "Livro da Vida" eu estou escrito. 

Deus é um redentor e pode me redimir das coisas que estam guardadas esporadicamente no alfabeto da vida. 

"Quem não se comunica, se trumbica".

Ilusões mentais

Está difícil disputar a área com "gente doida".

Nada demais se encontra comigo.

Esse mundo é muito esforçado, e a minha energia é constante, como a velocidade da luz...

Queria acabar com todas as impurezas da Mente.

Imagino o quanto a "mente" tenha que evoluir para ter uma existência pelo menos amena.

Não posso admitir a existência do sofrimento, apesar do corpo ser seu único canal de contato.

Nem preciso saber o que dizem os pensamentos, tudo isto não quer dizer nada.

Fora do alcance da minha "consciência", não posso contestar nada de concreto.

O mundo de hoje é altamente abstrato e esotérico. 

A realidade que já foi tempo, ficou para trás...faz um bom tempo a sordidez da minha solidão e a falta do real. 

Afinal, o que é a realidade? 

Me apoio em coisas abstratas e etéreas como acho "espiritual" minha relação de audiência entre os objetos dos sentidos.

Nem eu percebo o tempo passar quando estou imbuído em minhas "sessões" e "audiências". 

Fim da Noite, é degradante e minhas ilusões mentais são todas incoerentes com a realidade no qual estou inserido. 

"Mente vazia é oficina do diabo"...

Variáveis indeterminadas

Como vou passando?

Vou a pé porque não quero perder o "trem" da história.

Tantas vidas vividas que não servem para nada, não tem nenhum objetivo em existirem...

O mundo-terra está de fato muito chato, esse regime de dias e noites me deixa doidão, e a coisa não para de rodar num universo que não chega ao fim.

Há coisas que temos que aceitar porque não tem outro jeito.

Coisas que até Deus desconhece e forçado por uma força cega a continuar ir vivendo enquanto "os instintos" permitirem. 

Nessa vida nada é fácil, o tempo é infinito e não há como contar o seu começo nem o seu fim.

E no meio de tudo isso, fica os compromissos a serem cumpridos. 

O que eu acho de tudo isso? 

Um espaço sem dúvida ingrediente para a formulação dos meus contextos e reflexões. 

Assim posso definir o meu "intelecto", como uma zona variável de outras variáveis indeterminadas.

Penso, logo existo num amontoado de matérias subjetivas e inconscientes. 


O que faz uma coisa ter qualidade? 

Seja a sua utilidade intrínseca para o desenvolvimento de qualquer movimento que se segue aos pontos. 

Também por aqui não há outra "inteligência" senão "os princípios incertos da Incerteza" com o qual não posso definir nada do que se passa com certeza. 

Para mim, esse "reino" é muitíssimo abstrato e a forma que flui dessa raiz espaço-tempo é o próprio Vazio, onde talvez me encontro com toda essa "merda" de rotação terrestre.

O mundo tropical

Aqui fica a zona tropical semi-úmida, um inferno eterno de muito calor inútil para que serve.

Não é a toa que nesta "zona", o mundo tenha que ser tão desprezível.

Por todos os cantos, o mormaço da noite e o calor do dia, esquentam pra diabo.

Acho que não é culpa da natureza, vivermos neste estado de coisas malucas e predatórias que faz dar asco a própria existência.

O mundo tropical não é um mundo verde.

O diabo se enche de prazer, em ver as insolações corriqueiras de todos os "santos" dias. 

O problema que o nosso clima é uma questão geopolítica de comando estadual e geográfico. 

Eu não escolhi viver nesse inferno sumário e caudaloso, mas por questões que fogem ao meu "destino", estou aqui fazendo o que posso...

"Quem está na chuva, tem que se molhar", e nada se pode fazer ao contrário.


Não me sinto um cara forte por isso, acho até que tenho pouca energia dentro de mim.

Aqui, a gente bebe muita água, toma muito banho. 


Dorme-se com o ar condicionado ligado a noite toda (pelo menos em parte). 

A gente combate esse calor degradante, usando de influências maiores. 

E assim, a "energia" que tinha que se dissipar, fica acumulada no ar quente. 

De fato, viver no Rio de Janeiro, não é nada fácil...