domingo, 26 de novembro de 2017

Água-Maria

Estou "cozinhando" o tempo em água-maria.

Minha cabeça oca não vale nada.

Nem imagino a minha desgraça pela terra.

O mar lança as suas "ondas" para os rochedos secos e duros.

As ondas se espalham por uma praia de gente estúpida e tapada.

Até agora, não consegui o que quero.

Os meus podres poderes não sei, se alcançam os meus desejos excêntricos.

Vou levando como posso do contrário estou perdido.

Para mim já estou perdido nessa lasqueira de vida subjacente.

Construo "castelos de areia", forjando o meu próprio reino. Isto aqui não é democracia, isto é uma monarquia absolutista...

O Rei vive junto ao seu reinado, falso e ilusório. Iludido com o seu castelo de areia, move-se como numa peça de xadrez.


Seu reinado é sobre a solidão de quem não tem nada a dizer para ninguém.


O silêncio me separa desse barulho ensurdecedor, o "trem" vai passando pelos trilhos do escarcéu e atravessa a ponte da Inexistência. 

Assim não se chega a uma conclusão, a mira da palavra não alcança o meu objetivo marcado. 

Ninguém deve estar entendendo o que se passa aqui. 

Amanhã nasce na "terra do nunca". 

Nunca o mundo será um, mas múltiplas formas de "danação". Que se dane o dia de hoje!

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