domingo, 1 de julho de 2018

O homem-morcego

Não estou pensando em nada, não sei de nada.

Estou com a mente no vazio desse universo inerte e sem luz. Vivo na escuridão da minha sombra, e não vejo finalidade.

A morte é o meu cadáver seco e tosco, estirado numa cama que sonha com você...

Desse trabalho não obtenho nada mais do que pequenas reflexões.

São reflexões do brejo-seco. Mas eu não vou me proibir em expor minhas ideias, porque não acho certo falar "abobrinhas".

As "abobrinhas" fazem parte da minha dieta. Só não encontro sentido passar a noite velando o cemitério. 

A morte pode até me fazer companhia. Só tenho essas coisas para compartilhar nesse programa de absurdos textuais. 

Talvez esteja ficando caduco... mas a ponta do meu dedo não doe. Esse teclado é macio, mas a palavra que se faz é dura, mole ou nojenta...

Não levo desaforo para casa, quero escapar dessa gravidade, voar com os pontinhos reticentes.


É... talvez esteja ficando caduco, desmiolado, parvo, babaca, imbecil, etc. 

Tudo isso sem a menor causa aparente. 

Mas, curto sempre o bom e velho rock'n'roll, rodando sem parar na casa do homem-morcego. 

Estou enterrado até o pescoço, sem nenhum propósito de vida, já que sou o único animal que se move por aqui e também sabe fazer merda!

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