Estou morno como o tempero do meu café...
É bom se ligar, sentir-se na
plenitude do orgasmo virtual.
Só que não consigo chegar a um termo,
nesta coisa física que me acompanha em cima das potestades da criação ao
seu criador ou vice-versa.
Pareço com os braços cansados de tantos
esforços e movimentos deste dilema anestesiante de fazer alguma coisa
para passar o tempo que tenho quando estou... vazio.
Mas, não aparento
estar vazio, talvez cheio de mim.
Ou as coisas funcionam ou não
tenho mais capacidade psíquica para fazer mais nada...
Acho que o meu
tempo está chegando e eu não consigo mais preencher nada.
Estou
desconcentrado, não imagino porque estou assim... e assim vou me
arrastando com os pés por dentro dessa grande "caixa".
Nada demais tem
acontecido, sigo uma rotina de coisas que ninguém pode entender.
Só o
que existe de certo nisso tudo é que a "gravidade me puxa para baixo".
E
é penoso sustentar o corpo, com o seu peso, densidade e altura.
Sou
acima da média em termos de altura. Sou o mais alto em relação as
pessoas que conheço.
Por aqui anda tudo devagar... a monotonia dessas paredes de pedras me deixam sonolento, já que não há nada para perceber.
Talvez meus olhos sejam de uma serpente, talvez eu seja alguma espécie
de réptil subaquático, nadando sobre esse corpo desconhecido...
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