domingo, 16 de dezembro de 2018

Réptil subaquático

Estou morno como o tempero do meu café...

É bom se ligar, sentir-se na plenitude do orgasmo virtual.

Só que não consigo chegar a um termo, nesta coisa física que me acompanha em cima das potestades da criação ao seu criador ou vice-versa.

Pareço com os braços cansados de tantos esforços e movimentos deste dilema anestesiante de fazer alguma coisa para passar o tempo que tenho quando estou... vazio.

Mas, não aparento estar vazio, talvez cheio de mim.

Ou as coisas funcionam ou não tenho mais capacidade psíquica para fazer mais nada... 

Acho que o meu tempo está chegando e eu não consigo mais preencher nada. 

Estou desconcentrado, não imagino porque estou assim... e assim vou me arrastando com os pés por dentro dessa grande "caixa". 

Nada demais tem acontecido, sigo uma rotina de coisas que ninguém pode entender. 

Só o que existe de certo nisso tudo é que a "gravidade me puxa para baixo". 

E é penoso sustentar o corpo, com o seu peso, densidade e altura. 

Sou acima da média em termos de altura. Sou o mais alto em relação as pessoas que conheço.

Por aqui anda tudo devagar... a monotonia dessas paredes de pedras me deixam sonolento, já que não há nada para perceber.


Talvez meus olhos sejam de uma serpente, talvez eu seja alguma espécie de réptil subaquático, nadando sobre esse corpo desconhecido...

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