domingo, 15 de março de 2020

Por que se ocupar? (parte 02)


Tô ferrado... já tentei de tudo, mas nada combina com essa merda. Portanto vivo como qualquer outro na ilusão das ideias do maligno. 

Já faz 9 anos que essa merda está assim e ninguém pode se manifestar, numa coisa de pouco valor. Só há comentários maldosos. Na maior parte do tempo caiu na inconsciência e durmo pra caramba. Acho que é assim que a “vibração” deste lugar se manifesta. 

É mesmo entediante e monótono essa “passagem” de vida que não sai da minha mente. Está “gravado” no tempo esses desenhos bizarros de um criador (anônimo) e imbecil...

É muita estupidez a persistência desses “pseudo-símbolos” em que a pessoa vê imprimida no chão, mas não quer dizer nada. Pelo menos para mim. Esse lugar é um sinistro, coisa que ninguém revela e não faz sentido. 

Bem que poderia ter mais valor e representar algo mais significativo. Parece que estou vivendo num apartamento alugado ou de um merda de vizinho esquizoide. Nem parece que moro e sou dono deste lugar desgraçado pelas intempéries da natureza rústica. Madeira é fogo...

O inferno existe em tudo o que vive ou pode ser sentido. A vida assim parece não ter corpo, nem uma relação honesta. De modo que o tempo passa e leva os pensamentos para qualquer lugar fora da realidade real. 

De fato, a realidade em que existo é bem pobre e o meu desejar é precário. Parece não haver acesso aos “desejos” do espírito, por falta de substância e materialidade física, corpórea. A mente do homem cria ilusões e simulações que ninguém consegue interpretar.

Nunca tive relações verdadeiras com este mundo que está aí. Certas coisas eu nem publico porque gosto de tê-las só para mim... enquanto dura o ciclo.

Não estou pensando em nada. Mas percebo de como o pensamento cria a realidade caótica que é a massa falida do povo brasileiro. Cinquenta por cento da minha unidade física ou metafísica, é imperceptível a própria realidade. 

Não posso me ver completamente se não for através de um “espelho”, seja para o bem ou para o mal... Os detratores criadores dessa “matriz”, não me deram nenhuma importância. Cheguei a esse mundo através de um anúncio de “classificados” no Globo. 

Comprei o imóvel, mas não deu tempo para realizar quase nada do que eu gostaria de ter feito. “Nada do que foi feito se fez”. O esculacho desse “espelho” de vida, é a falta de identidade desse deus anônimo terraplanista. Aqui as pessoas não existem e ninguém tem culpa de nada. Filosofia a parte, só contemplando o vazio dos espaços sem fins...

Estou relaxado pra caramba, com vontade de “pensar” em nada. Sei o que tenho pra fazer, mas estou postergando. Quem sabe o dia de amanhã? O mês de novembro já era.... Tenho minhas percepções de vida, mas nem tudo é como penso. O pensamento cria a realidade.

Nem sei por onde anda a minha consciência, estou meio “liquidado”. Não tenho nada para firmar o pensamento. Esse “firmamento” está complicado, indefinido, indeterminado. Faço o que me dê na telha. 

Afinal sou dono do meu nariz.... Fumar maconha me é proibido. Até que eu já levei na cara...

Nunca mais ouvi falar. Cada macaco no seu galho. Eu só não estou gostando da “textura” desse chão porco e repelente. Amarelo e marrom escuro. 

Ninguém pode “melhorar” nada disso. A coisa toda é um delírio imaginário de uma coisa que não faz o menor sentido. Para mim é nota -1. Não cabe nenhuma “unidade de conjunto”, num trabalho de sinteco mal feito e todo sujo. Não tenho dinheiro para bancar esta merda, outras coisas são possíveis. 

O estado desse piso está num bairro disforme e vazio. 

Acho até que isto é uma doença psicossomática, imaginando a presença do elemento não geométrico de toda essa droga de arquitetura e urbanismo. 

Cada caso é um caso. Nunca esse mundo é coerente, ao contrário é ambíguo e confuso. O caos existe na própria matéria do que tudo é feito. Muita coisa para imaginar e pouco contato com o próprio. Enfim, o sexo não entra em questão, só há uma moralidade de ética com uma estética realista.

O universo não tem conhecimento e é tapado, e tapeado só por intrigas do estado. Coisas que não me dizem respeito; arte surreal e alienação de propósitos. Queimar neurônios não é o meu forte, de celebrizar a vida através do imaginário da imaginação.

“A indiferença é a causa da inércia”. Estou tentando aproveitar o que a vida tem a oferecer, enquanto os planos rodam e o céu vazio gira sobre a terra criada. Tudo tem um limite, e esse território é só o que tenho para investir. 

Aqui não tem “casamento”, é Deus acima de tudo e de todos. O “mundo” é que vá se fuder... Deus onisciente, dono da Unidade do pensar. Ato primeiro e não a causa de tudo. Mas, se Deus não existe, tudo será permitido?

Nem tudo é permitido, nem tudo me convém... 

Não sei mais o que esperar dessa vida tapeada e sem motivos. A insignificância dessa “luz” é muito bizarra. A “light” tem um certo domínio sobre o parecer da imaginação que corre sobre esses “metais”...

Dezembro está bom para relaxar e dormir. Acho que estou esgotado, sem o menor impulso para fazer ou pensar algo. Não há nada para fazer... se eu não estiver com a intenção de criar simplesmente. Meu sangue quente, esfriou. Estou pregado de tanta razão sem motivo.

De repente, eu posso sumir no meio desse vendaval. O ser quer infernizar e delirar ardentemente, com a presença da única estrela que há sob o céu. Motivo para fazer uma “viagem astral”, fora do corpo. 

O suposto “deus” das escrituras, nunca apareceu neste mundo. O mundo em que vivo é péssimo de relacionamentos. A coisa está seca e ferrada, pela “porta” desse quarto não entra o ser desejado... a ilusão da criação malfadada é extinta pelos deuses (seja lá o que isto queira dizer) ....

Parece não haver saída para os meus “infortúnios”. Essa droga não leva a nada... o mundo e o universo são seres faltantes. Pensar está cada vez mais cansativo, não há retorno e nenhum feedback. 

Penso, logo desisto...chega dessa baboseira. Também sou imprestável e não tenho nenhuma liberdade de gostar de coisa nenhuma... não gosto nem do meu pau.

Beleza é coisa rara para ter ou perceber. Tem música que agrada aos sentidos, tem até mulher que se ache atraente. Mas, não rola nada. Nenhuma química, nem o magnetismo dos polos contrários...

A porra desse mundo é péssima e dissimulada, como qualquer coisa que se perca tempo. Parece que o tempo não é o elemento mais importante e sim a coisa espacial, etérea e incorpórea. Detesto o Verão consumidor de energias.

Nada é lógico em se falar do raio do “calor”. O Sol é ardentemente eterno, e a sua vibração de luz e calor, enlouquecem os meus sentidos e o meu corpo sofre com tanta quentura imbecil, que não produz nada de bom, nem o bem-estar de sentir o frescor de um ar condicionado (que de passagem pesa no bolso usar). 

Drogas, são as contas do fim de mês. 

Não sei se vai ter “natal”, depende do clima e do astral. Enfim, bandeirada 2.

Então, não houve Natal a reunião dos opróbrios.

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