Estou anestesiado com esse tempo que faz, e eu não tenho ideia de nada
que me envolva.
Estou do outro lado da história, tentando me divertir a
custa desse encargo... Como não vejo nada de interessante vou caindo
pelas tabelas...
Estou a produzir titica para ver o tempo cinzento e
nublado.
Nada pode me bloquear. Mas já vejo obstáculos em mim, jogado
as traças, vivendo aos barrancos.
Sou um escritor parasita da própria
comunicação. De vez em quando eu saio de casa para fazer alguma
coisa lá fora, onde parece que aqui o tempo não existe.
Não consigo
"construir" um bom raciocínio. Também não consigo "trabalhar", com tanta
merda andando pelo mundo imundo...
Não sei o que estou querendo, mas
estou "dançando" segundo a música. Ninguém me satisfaz, ninguém é uma
assombração, um fantasma de mim mesmo...
Nem sei se estou vivo. O
que é estar vivo?
A vida de um só não pode ser comparada a de ninguém.
Nada nesse caso é o vento que passa e leva tudo embora...
Certo que
minhas ideias são idiotas para quem se acha tal, as vezes nem eu sei
porque escrevo essas abominações.
Lastimo a ordem dessas coisas que
moram moribundas em meu lar.
Mas acho isto um "refúgio mental", para as
loucuras do dia-a-dia.
Enfim, depois de ver o quanto já saí desse
"marasmo cultural", já fico satisfeito em saber que sou liberal com as
minhas opiniões...
"Aqui mora um sujeito que não tem espelhos para se refletir".
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