domingo, 27 de novembro de 2016

Tubarões sedentos de fome por carne

Ouço vozes e cochichos, alguém parece estar espreitando a minha porta.

Escuto muitos sons durante o dia.

Lá fora o som é de um estrondo de ônibus pesado e lento.

Na minha rua passa duas linhas de ônibus. Não gosto de ouvir barulhos estranhos, gosto de ouvir o próprio som da minha voz.

Se o som que ouço não vem de dentro da minha alma, então não posso saber de onde vem...

O silêncio se faz necessário para aprender melhor as coisas e sentir a liberdade do movimento ateu.

Será que eu consigo dormir com uma barulheira dessas? 

Será que me conforta estar ao meu lado cumprindo obrigações passageiras? 

A noite fico de bico calado, observando o movimento do meu apê. O que tenho a dizer disso tudo, é que a televisão é uma merda. Lugar de degenerança pura.


A desgraçada mal se percebe. Como eu também preciso perceber a minha intolerância pela ignorância dos conteúdos intrínsecos.


Valha-me Deus se não estou vivendo num mundo que é uma Ilha. 


E lá fora os tubarões sedentos de fome por carne, devoram as multidões de seres invisíveis que há por dentro desse estado-ilha. 

Cada coisa possui o seu som... Minhas orelhas captam sons desse universo, onde há fogo e terra, água e ar. 

O éter que me sustenta deve ser coisa de outro nível.

 Quantas sutilezas tem a vida, em sua imaginação de criatura do Criador.

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