Ouço vozes e cochichos, alguém parece estar espreitando a minha porta.
Escuto muitos sons durante o dia.
Lá fora o som é de um estrondo de
ônibus pesado e lento.
Na minha rua passa duas linhas de ônibus. Não
gosto de ouvir barulhos estranhos, gosto de ouvir o próprio som da minha
voz.
Se o som que ouço não vem de dentro da minha alma, então não posso
saber de onde vem...
O silêncio se faz necessário para aprender melhor as coisas e sentir a liberdade do movimento ateu.
Será que
eu consigo dormir com uma barulheira dessas?
Será que me conforta estar
ao meu lado cumprindo obrigações passageiras?
A noite fico de bico
calado, observando o movimento do meu apê. O que tenho a dizer disso
tudo, é que a televisão é uma merda. Lugar de degenerança pura.
A desgraçada mal se percebe. Como eu também preciso perceber a minha intolerância pela ignorância dos conteúdos intrínsecos.
Valha-me Deus se não estou vivendo num mundo que é uma Ilha.
E lá fora
os tubarões sedentos de fome por carne, devoram as multidões de seres
invisíveis que há por dentro desse estado-ilha.
Cada coisa possui o seu
som... Minhas orelhas captam sons desse universo, onde há fogo e terra,
água e ar.
O éter que me sustenta deve ser coisa de outro nível.
Quantas
sutilezas tem a vida, em sua imaginação de criatura do Criador.
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